Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Analise do poema
1-Lê o poema com atenção e responde às questões
1.1-Qual a temática principal do poema?
R: O poeta é um fingidor
1.2-Que aspetos da teoria da criação poética de Fernando Pessoa contem este poema?
R: Utilizar a imaginação e a razão para sentir.
1.3- O sujeito é acusado de ser um fingidor. Justificar esta afirmação.
R: Ele nunca sente aquilo que realmente escreve nos poemas.
1.4-Aqui, como é definida a noção de fingimento?
R: Uso da imaginação e não do coração
1.5-Como se explica a recusa de usar o "coração"?
R: Porque o coração revela a sua dor verdadeira e ele quer mostrar a dor fingida.
1.6- Nesta arte poética, que relevo é dado ao leitor?
R: Ele dá bastante importância aos leitores
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